Necessito escrever, e me reencontrar em meio às palavras torpes que decorrem de mim.
Desencontrei-me em um buraco sem palavras. E separei pedaços meus na vã tentativa de tentar permanecer intacta depois dos seis segundos de queda livre.
E agora eu tento me segurar a qualquer sinal de existência vertical. Preciso construir. Reconstruir.
Limpar o terreno, extrair tudo que é exagero e expor o que restar.
Deixar chover. E entender que depois que o pó que distraía for embora com a enxurrada, permanece a rocha.
Quero um copo de leite com uma dose de egocentrismo.
Desmanchar o penteado e não ter mais medo.
Numa sutil tentativa de recolher a confiança que pulou atrás de mim.
E esses olhos tão grandes que vêem o mundo com indiscrição infantil, se acanham ao olhar para si.
Não sou menina, nem mulher. Perdida numa linha tênue de definições.
3 comentários:
vc está a um passo,eu digo um passo mesmo a frente,de ver que nen tudo é como antes(pensamentos).
Eu amei.Principalmente o titulo.Se encaixa perfeitaente à você, e fico feliz de estar vendo a vida assim, de uma maneira só sua.
CARAAAAAAAAAAAAAALHO.
"Deixar chover. E entender que depois que o pó que distraía for embora com a enxurrada, permanece a rocha". Caramba amei essa frese aqui. Dá pra extrair algumas coisas dela. :)
Fico feliz por seu dom Nanda. Deus ainda vai te usar muito assim. Vou ler todos seus livros, colunas.. ;)
Besos sapo.
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