terça-feira, 23 de junho de 2009

"Havia setenta e cinco pessoas no saguão, mas apenas uma menininha de sete anos ficou sabendo como era sentar-se sobre o piso de mármore."


Necessito escrever, e me reencontrar em meio às palavras torpes que decorrem de mim.

Desencontrei-me em um buraco sem palavras. E separei pedaços meus na vã tentativa de tentar permanecer intacta depois dos seis segundos de queda livre.

E agora eu tento me segurar a qualquer sinal de existência vertical. Preciso construir. Reconstruir.

Limpar o terreno, extrair tudo que é exagero e expor o que restar.

Deixar chover. E entender que depois que o pó que distraía for embora com a enxurrada, permanece a rocha.

Quero um copo de leite com uma dose de egocentrismo.

Desmanchar o penteado e não ter mais medo.

Numa sutil tentativa de recolher a confiança que pulou atrás de mim.

E esses olhos tão grandes que vêem o mundo com indiscrição infantil, se acanham ao olhar para si.


Não sou menina, nem mulher. Perdida numa linha tênue de definições.

3 comentários:

Quel Soares disse...

vc está a um passo,eu digo um passo mesmo a frente,de ver que nen tudo é como antes(pensamentos).

Camila Costa disse...

Eu amei.Principalmente o titulo.Se encaixa perfeitaente à você, e fico feliz de estar vendo a vida assim, de uma maneira só sua.

CARAAAAAAAAAAAAAALHO.

Anônimo disse...

"Deixar chover. E entender que depois que o pó que distraía for embora com a enxurrada, permanece a rocha". Caramba amei essa frese aqui. Dá pra extrair algumas coisas dela. :)
Fico feliz por seu dom Nanda. Deus ainda vai te usar muito assim. Vou ler todos seus livros, colunas.. ;)
Besos sapo.