quarta-feira, 10 de março de 2010

A vida só é possível reinventada.

Solitude, whether imposed or voluntary, provides a theater of meditation.
-Douglas Dean


Embarquei sem opção nessa ida que é a vida. Permaneço e a descubro por escolha própria. Maior presente que já me foi concebido.


Às vezes olho cansada para esse presente, às vezes esse presente me machuca, há até ocasiões em que gostaria de jogar esse presente fora. Mas acabo sempre voltando ao meu lugar: sentada no chão do meu quarto, olhando fascinada para as minhas mãos, enquanto esse presente se transforma, mais uma vez, em algo totalmente desconhecido.

O novo me espera. Isso me deixa exultante. Não tenho medo do novo, às vezes ocorre sim certa ansiedade; porém medo, nunca. Nunca fui fã da rotina, fato. E agora que eu não sei para onde irei, o que farei, ou com quem, não sinto mais medo. Por mais estranho que pareça, eu não me sinto perdida, tampouco abandonada.

Sei que o que há em mim basta. Sim, meu futuro para mim, é incerto. Faço planos, penso, sonho muito mais. Porém eu não apenas espero, que uma dia aconteça, que uma dia eu vá, que um dia eu possa. Não estou mais presa. Estou me preparando, e esse proceso de capacitação pode até ser dolorido, contudo me tornarei mais forte.

Afinal, não importa o lugar em que eu esteja, seja atravessando um lamaçal ou voando pelos ares, o que importa é o que está dentro de mim. E isso sim é eterno, o restante desaparecerá.

Foto por: Steve McCurry

2 comentários:

Quel Soares disse...

a vida tem que se renovar,seu pensamento voa livre,leve e solto,ontem nao faz diferença,hoje é hoje e amanha nao existe,te amo capeta.

Rosana Steimbach disse...

Oi Fernanda! Não sabia que tinha um blog, gostei demais do que escreve e de como escreve, fiquei até incentivada a tirar a poeira dos meus dedos também, abração!