terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Restless.
Aconteceu.
O anotado contornou a forma bruta de se expressar.
Agitação que não é característica minha.
Como se meu lugar seguro já não fosse o único refúgio.
A folha branca do papel não fala mais comigo em palavras coerentes.
Ela grita, esperneia e respira.
Suas linhas desaparecem; nítido.
E então começo a construir, diferente.
Risco aqui um traço arquejante. Sobrepondo camada do que já existe.
Cores ou ausente, palavras ou presente.
Sim e não - são.
A mente não pode ser explanada sem a imaginação.
O que se pode ver não existe.
Um jogo banal das verdades abstratas.
Sempre procurando se explicar em palpável.
Versos vãos.
A voz que berra, sussurra sobre o tempo. A alma exposta que precisa.
Dançando no papel, procurando penetrar o indefinível.
Em toscos movimentos que delimitam sua consumação.
Sem descanso.
Sim e não - são.
O corpo embebeda-se em decomposição.
Austero e exigente é o fim.
Calado chega e mudo permanece - ofegante.
Postado por Fernanda Nóbrega. às 08:34 0 comentários
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