terça-feira, 30 de junho de 2009

"There is way too much beauty and way too much pain in the world for us to ever be bored again."

Por mais que eu esqueça em ocasiões de fraqueza de espírito; recordo quem eu sou.
Despida outra vez pelo Amor.
Imprescindível.

Penetro nesse profundo; na expectativa de saciar a minha inacabável embriaguez.
Permanecendo para aliviar a minha sede.
E você, em toda sua graça me abraça e me deixa tagarelar.
Desabafar o grito preso na alma, descompasso de minha rouca voz.

Preciso de você.


“I am nothing without You,
Only a fly upon the wall.
Listening in, hoping to find something about You,
That will keep me from this fall.

And sometimes I catch a glimpse,
And my heart begins to beat;
Day by day awaken me.

Please give me a reason,
I need to name this man,
And no longer this broken treason.
Only on You I will stand.

Mend these broken wings,
And take the scales from my eyes .
Without You I am nothing.”

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Rambling.


E enquanto minha cabeça pensa, formula, elabora, sonha; meus pés continuam no mesmo lugar.

Fato: queria está longe.
Queria mudar. Queria o novo.

Sete meses no mesmo lugar e já me vem a inquietação. Esse sentimento de procura tão familiar e a vontade de simplesmente me jogar na próxima aventura.
Então eu mudo meu corpo, mudo meu cabelo, mudo meu rosto.
Mas a vontade não muda. Permanece, vira inquietação.

Sei o que devo me falar, pra me acalmar. Mas estou aqui pra desabafar. Colocar pra fora essa agonia que vem lá de dentro e sai como um grito silenciado pelo torpor.
Às vezes parece que há duas de mim, aquela que quer viver no limite do perigo e a outra, que prefere se conformar, obedecer, seguir o rumo estabelecido para um uma vida “normal”.

Confesso que não sei a quem escutar, nesse momento queria está na África do Sul, ou na Nova Zelândia. Tailândia, Espanha e Itália. Japão. Tantos lugares, tantas pessoas, tanta cultura, tanto para fazer, conhecer ajudar, amar.

Há ocasiões em que penso se não tento mudar no exterior quando deveria mudar no interior. Ser grata pelo que possuo, fazer valer onde eu estiver. Sei que isso, para muitos é o certo. Mas continuo a pensar que talvez eu tenha sido feita assim por algum motivo. Desejar sempre o novo, procurar aquilo que falta em mim.

“You talk too much.
Maybe that's your way
Of breaking up the silence
That fills you up.
(…)
Turn out the light
And what are you left with?
Open up my hands
And find out they're empty.
Press my face to the ground
I've gotta find a reason.”


Essa música mexeu comigo, mexeu em algo lá dentro que ainda não sei explicar.
Acho que estou pensando e escrevendo sem grande coerência, mas de uma coisa eu tenho certeza: não quero viver a minha vida apenas de pequenos momentos de alegria e paz pra depois voltar para uma rotina enfadonha.

Quero a cada dia me sentir desafiada a crescer, expandir, ir além dos meus limites. Quero amar mais, me doar mais, fazer mais, e saber que vivi sem me limitar. Poder olhar pra trás e ver a minha vida como minha, com todos os meus feitos e defeitos; saber que vivi não apenas para cumprir um molde já pré-estabelecido, mas que criei e inovei a cada nova etapa.


E então a minha inquietação se transforma em expectativa; esperança de um novo dia.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

23 zumbis.


Vem a falta de ar, aquela que nem sei mais se é somente psicológica.
O zumbido. A oscilação. O conforto.
Aproveito meia hora de transe até entorpecer para a realidade.
O zumbido permanece.

Quando menos espero estou nadando em uma piscina, que é um navio, que é o mar.
Lá aparece Antônio Banderas, e logo vem os zumbis. Muitos deles.
Necessito proteger o meu irmão.
Não tenho forças, não consigo correr, nem gritar.
Mas preciso proteger o meu pequeno grande irmão.
Faço qualquer coisa por ele, até matar zumbis com pedrinhas achadas no chão.

E foi assim que acordei, segurando ainda a cabeça decepada do zumbi dos meus sonhos.
Para onde foi Antônio Banderas?

Droga! Escuto a chuva que afogou minha manhã de praia.
Levanto para a procrastinação.
“Estou me recuperando de uma gripe, dá licença?”
Faço delivery de pizza com chopp, só os cardápios.
Pego o Leão e a Pata.
Escrevo Amor. Zumbido.
Escrevo Amor em persa. Mais zumbido.
Deixo a Pata, deixo o Leão.
Mais procrastinação.
“estou mesmo me recuperando de uma gripe?”


E então vem aquela famosa falta de ar.
Aquela que já nem sei mais se é apenas psicológica.
O zumbido. A oscilação. O conforto.
E mais uma rodada de zumbis.

terça-feira, 23 de junho de 2009

"Havia setenta e cinco pessoas no saguão, mas apenas uma menininha de sete anos ficou sabendo como era sentar-se sobre o piso de mármore."


Necessito escrever, e me reencontrar em meio às palavras torpes que decorrem de mim.

Desencontrei-me em um buraco sem palavras. E separei pedaços meus na vã tentativa de tentar permanecer intacta depois dos seis segundos de queda livre.

E agora eu tento me segurar a qualquer sinal de existência vertical. Preciso construir. Reconstruir.

Limpar o terreno, extrair tudo que é exagero e expor o que restar.

Deixar chover. E entender que depois que o pó que distraía for embora com a enxurrada, permanece a rocha.

Quero um copo de leite com uma dose de egocentrismo.

Desmanchar o penteado e não ter mais medo.

Numa sutil tentativa de recolher a confiança que pulou atrás de mim.

E esses olhos tão grandes que vêem o mundo com indiscrição infantil, se acanham ao olhar para si.


Não sou menina, nem mulher. Perdida numa linha tênue de definições.