domingo, 26 de junho de 2011

Memoirs.




All those nameless faces crawl up to the surface, as if reaching out for something to hold.
All those wordless cries resonate in a continuous beat, as if their last breath has to be heard.
Who are they that live hidden by a forced facade shielding them from the liberty they ought to have?
Who are we that turn away our exposed appearance so we won’t have to care?

Ignorance is bliss.

Delight for some, death for others.
Not tangible, but one that slowly takes away every little bit of you.
Leaving only nothingness.
Vacuum, nonexistence, emptiness, void.

Naked vulnerability.

And then it's you who's shouting unspoken, but no one listens; too busy turning away.
Now you are the one trying to rip that cover from your face to find only your reflection is foreign.
You past is forgotten, your future unknown.
All that you are is here;


A nameless face.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bad taste in my mouth.

E mais uma vez me reconheço na folha branca do papel. O espelho que emite o meu reflexo não consegue captar aquilo que até de mim escondo.
Somente aqui eu me desvendo.
Nesse vácuo de palavras, vou digitando os pensamentos.
L e t r a p o r l e t r a.
Tentando compreender aquilo que não falei, que evitei pensar.
Arrancando com as mãos feridas toda a ansiedade pelo que não se expressou.
E cada palavra vai cavando mais profundo.


“Writing is a socially acceptable form of schizophrenia.”
-E. L. Doctorow



Nunca gostei de falar sobre o que sinto.
Confesso que a fala, se não previamente estudada, não é o meu forte.
Até porque o caminho percorrido entre pensamento e boca, em mim, é mínimo. Resultando em palavras ditas, muitas vezes sem repensar.
Palavras certas em momenos importunos, ou palavras erradas em situações precisas.

Não a use com desleixo.
Pois na fala não se pode errar. A frase, uma vez dita, permanece dita para sempre. Não há como voltar no tempo e não proferir o que já foi lançado ao mundo.
Palavras essas que ferem, que geram expectativas, que tiram a esperança, que acariciam, que criam e que destróem.
Frases que em um minuto podem fazer ou acabar o seu mundo.

Confesso que a palavra dita me deixa maravilhosamente assutada. Pelo poder que possui e pela ousadia de ser aquilo que ela é, sem medo.

Enquanto isso eu me deleito com a escrita, onde há espaços para os erros, em que se pode apagar e se fazer novamente.
Contento-me em tentar mil vezes até achar o adjetivo perfeito, a saborear cada frase trabalhada em que se gastaram horas a pensar antes de ser despejada no universo.

Para uma pessoa que muitas vezes não presta atenção em tudo, as palavras são meu ponto fraco; ou diria forte.
Entrego-me com prazer, sentindo o aroma, a textura e o sabor, mastigando cada letrinha, ainda que azeda.
Me transformo no que de mim se expele pelos dedos.
Sou vacilante, sou o remendo.
Lançada ao mundo.