segunda-feira, 29 de junho de 2009

Rambling.


E enquanto minha cabeça pensa, formula, elabora, sonha; meus pés continuam no mesmo lugar.

Fato: queria está longe.
Queria mudar. Queria o novo.

Sete meses no mesmo lugar e já me vem a inquietação. Esse sentimento de procura tão familiar e a vontade de simplesmente me jogar na próxima aventura.
Então eu mudo meu corpo, mudo meu cabelo, mudo meu rosto.
Mas a vontade não muda. Permanece, vira inquietação.

Sei o que devo me falar, pra me acalmar. Mas estou aqui pra desabafar. Colocar pra fora essa agonia que vem lá de dentro e sai como um grito silenciado pelo torpor.
Às vezes parece que há duas de mim, aquela que quer viver no limite do perigo e a outra, que prefere se conformar, obedecer, seguir o rumo estabelecido para um uma vida “normal”.

Confesso que não sei a quem escutar, nesse momento queria está na África do Sul, ou na Nova Zelândia. Tailândia, Espanha e Itália. Japão. Tantos lugares, tantas pessoas, tanta cultura, tanto para fazer, conhecer ajudar, amar.

Há ocasiões em que penso se não tento mudar no exterior quando deveria mudar no interior. Ser grata pelo que possuo, fazer valer onde eu estiver. Sei que isso, para muitos é o certo. Mas continuo a pensar que talvez eu tenha sido feita assim por algum motivo. Desejar sempre o novo, procurar aquilo que falta em mim.

“You talk too much.
Maybe that's your way
Of breaking up the silence
That fills you up.
(…)
Turn out the light
And what are you left with?
Open up my hands
And find out they're empty.
Press my face to the ground
I've gotta find a reason.”


Essa música mexeu comigo, mexeu em algo lá dentro que ainda não sei explicar.
Acho que estou pensando e escrevendo sem grande coerência, mas de uma coisa eu tenho certeza: não quero viver a minha vida apenas de pequenos momentos de alegria e paz pra depois voltar para uma rotina enfadonha.

Quero a cada dia me sentir desafiada a crescer, expandir, ir além dos meus limites. Quero amar mais, me doar mais, fazer mais, e saber que vivi sem me limitar. Poder olhar pra trás e ver a minha vida como minha, com todos os meus feitos e defeitos; saber que vivi não apenas para cumprir um molde já pré-estabelecido, mas que criei e inovei a cada nova etapa.


E então a minha inquietação se transforma em expectativa; esperança de um novo dia.

4 comentários:

Quel Soares disse...

vc tem que ir embora daqui isso sim.

Flip disse...

nandão.. ta confusa em guria "/
eh bom ir pra um lugar so voce! passar um tempo com a fernanda, saber como ela ta.. eh bom ;D
;***

vanessa disse...

aah, essas buscas constantes representam as almas inquietas e não acomodadas. sei bem o que é isso... Natal é cidade pra se envelhecer... não é cidade pra o agora.


beijos, gata.

Bernardo disse...

Você está com medo da Rotina..
Pelo que entendi, meu conselho é fixar sua energia nos objetivos a frente, um a um. Ao invés de querer atropelar todos com essa sede imensa de viver.
Enfim..
Esse é o meu conselho, quem deve encontrar o real sentido é você mesma =)

Beijão!