domingo, 13 de setembro de 2009

Bliss.

Fecho os olhos e vejo aquele momento consumindo a minha retina.
Queimando tudo o que restou da realidade, mostrando vislumbres do contentamento inebriado da perfeição.


Aquela rua era desigual, cheia de falhas; magistral em sua simplicidade.
Continha uma árvore única que, comida por cupins, apenas aguardava o fim de seus dias. Enquanto isso, erguia-se com toda a sua dignidade e nos dava o abrigo desejado.
Olhei a rua deserta e um arrepio correu pela minha nuca, eriçando os meus anseios.
As gotas da chuva que caía atenuava o amarelo que irradiava do poste. A luz batia, os pingos viravam pequenos diamantes reluzentes na janela do carro.
A minha respiraçao era lenta e suave, meus olhos vidrados, nao estava pensando sobre o que deveria estar.
Em pensamento, eu voava longe, e era impulsionada pela sua gargalhada que ecoava dentro de mim.
Seus olhos nos meus; os meus longe daqui.





Te vi de maneira diferente. Deitada no aconchego de seu abraço, senti uma paz suprema. Uma sensação de preenchimento, de ser completa por você. E se eu pudesse te abraçar ao ponto de encorporar você na minha existência, e alí permanecer, assim o faria.
Queria apenas continuar para sempre naquele instante, e perpetuá-lo em mim.
Momento perfeito de felicidade extasiada. Ocasião singela em que palavras não são necessárias.

Apenas seus olhos nos meus.




Céu, cheiro e ar na cor que arco-íris risca ao levitar.
Vou nascer de novo,
Lápis, edifício, tévere, ponte.
Desenhar no seu quadril meus lábios
Beijam signos feito sinos.
Trilho a infância, terço o berço do seu lar.

Achei, vendo em você,
E explicação nenhuma isso requer.
Se o coração bater forte e arder,
No fogo o gelo vai queimar.


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3 comentários:

Quel LOVE disse...

Parabens ta massa!!

Camila Costa disse...

Ocasião singela em que palavras não são necessárias.

Adoro esses.
Principalmente porque com minha tagarelize momentos assim são raros e memoráveis.

Tá lindo,Nanda.

vanessa disse...

"nao estava pensando sobre o que deveria estar"