terça-feira, 30 de novembro de 2010

Diário de Bordo 1 (29/11/10)

A pedidos, incluirei temporariamente nesse blog, updates do meu dia-a-dia nessa vida nova de Cast Member.
E para inaugurar, já que estou sem sono, resolvi começar agora.


Vou agora contar-lhes o que me aconteceu, desde o momento que saí de recife. 
Inspecionaram minha bagagem de mão e me disseram que eu só poderia levar uma sacolinha de ziploc com líquidos e cremosos dentro, e eu tinha três. Fiquei arrasada e tive que colocar o máximo de coisas possíveis em uma só e deixar o resto lá, pois mainha e vovó já tinham ido embora. Deixei minha pasta de dente, meu rímel (velho), um perfume da burberry (menos da metade, to triste com o perfume), e uma base velha que tinha me dado pra cobrir a tattoo. 

Em seguida embarquei e o vôo foi tranquilo, com excessão de quem sentar ao meu lado ser um cara novo, que começou a puxar assunto comigo, até quando eu estava lendo (semancol?!). Ele me disse então que tinha medo de voar e queria que eu segurasse a mão dele na hora da subida! Eu caí na gargalada e fiz: tá falando sério? Aí ele disse: não, tô brincando, eu sou piloto de helicoptero.. aí começou a me contar a vida toda.. mora em las vegas com a mae há 6 anos, tem 28 anos, e me deu seu email pra eu add no facebook pra quando formos a las vegas! (medo!) :S
Mas foi bom pq ele me ajudou a colocar e tirar aquela mala de mão nada maneira... kkkkk!

Em seguida desci em miami e fui para a imigração, peguei a fila que tinha um negão (mais simpáticos) e fiquei nela.. Quando chegou a minha vez, o cara me chamou e fez as perguntas de praxe (o que veio fazer nos eua, etc) e depois olhou meu passaporte, perguntou o que diabos eu fui fazer no afeganistão, e então eu contei a história toda (resumida, afinal tinha uma fila de gente atrás de mim), e ele adorou, puxou assunto de como era lá, super interessado! Foi super fácil a imigraçao! 

De lá, fui pra Alfandega.. coloquei no meu papel: nada a declarar, mas fiquei em duvida se tinha que declarar os dois pacotes de café e o miojo que estavam na minha mala... mas pelo visto não precisou. Entreguei meu papel na longa fila da alfandêga para o funcionário de nome: LOPEZ, e ele, que só fazia olhar o papel e entregar de volta a todos que passavam, olhou pra mim e foi puxar conversa. 
Perguntou de onde eu tinha vindo. 
Brasil. 
Perguntou se eu ia estudar nos Eua. 
Não, vou trabalhar na disney. 
Aí ele parou, deu um meio sorriso e falou: AH! Eles vão amar você lá.. 
Eu sorri, agradeci e segui meu rumo, somente pra 4 passos depois um velho policial latino passar por mim e falar: hola princesa!!! 
E entao eu sabia: estava em MIAMI!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkk

De lá, fui procurar o meu terminal para o vôo de conexão para Orlando e o achei depois de andar muito. Sentei na cadeira de espera e prendi meu cabelo em um coque. Dois caras que estavam sentados atrás de mim vieram falar comigo e perguntaram se eu era árabe.. por causa da tattoo. Eu disse que não, que era brasileira e que a tattoo era em persa. Aí ele me falou q ele era da venezuela, mas que seus pais eram libaneses, e que estava visitando a tia em minessota. (hã?! kkkk) Puxou mais conversa, e me contou que ele era mágico e que seu sonho era abrir um parque de diversões.. ele falou muito... até eu perguntar se ele não estava na gate errada porque naquela o vôo era pra orlando... Ele foi checar o quadro de vôos e viu que estava mesmo na gate errada e também que o seu vôo já estava embarcando. Acabou q ele me deu o e-mail dele para eu entrar em contato com ele depois (ok.), e saiu correndo com o amigo.

Entrei no vôo para Orlando, depois de muito esperar e ler a revista Instyle inteira que comprei (a versão americana é enorme), embarquei no vôo e sentei na janela e graças a Deus ninguém sentou perto de mim, fiquei com as 2 cadeiras ao lado vazias. Pedi ajuda para colocar e tirar a minha nada leve malinha de mão, subimos, contei 15 minutos, descemos.

Cheguei em orlando e fui pegar minha mala, rodei o aeroporto inteiro até encontrar uma boa alma que me informasse onde era o Hyatt hotel, em seguida subi o elevador para o saguão do hotel. Na subida do elevador, entra uma mulher bêbada e sobe comigo.. Ela estava podre a álcool e muito doida mesmo. Ela então aperta o botao de emergencia e começa a falar que estavamos presas no elevador!!!! Eu tive que gritar por cima da voz dela para a mulher no interfone ouvir que nao tinha nada de errado no elevador. Saí correndo de perto da doida e fui fazer meu check-in no hotel, ela me seguiu. Cheguei lá, o recepcionista me avisa q ela ja tinha sido escoltada para fora do hotel e que havia voltado. Chamam novamente a segurança (by segurança, i mean uma mulher negra muito gorda) e escoltam a doidona para fora do hotel. Me dizem então que ganhei uma upgrade para a suite executiva e cá estou eu, com todo o luxo de um quarto enorme, com varanda, cama king size, banheira gigante, tv de plasma enorme e internet e cafe da manha de graça. 
Um belo fim para um dia tão longo, um belo começo para uma temporada de tanto trabalho. Só digo uma coisa: que me venham as oportunidades! 
Afinal, lá é onde todos os sonhos se realizam, não é?! 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Needle girl in a haystack world.

Esse blog ainda existe? Mon Dieu!
"Às vezes é melhor ficar sem grandes palavras a dizer, se o meu silêncio for mais verdadeiro."

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Imagine você entrando em um avião, seu lugar é o 25F, e enquanto você passa pelas fileiras, vê as pessoas nelas sentadas e já vai rotulando: dessa eu não gostaria de ficar perto, essa eu não quero sentar ao lado, ou até mesmo achar alguém aparentemente interessante que você gostaria de ficar por perto.

Acontece que é exatamente isso, não? Aparências.
A verdade é que você não sabe se aquela velhinha com cara de chata é mesmo insuportável ou um doce de pessoa, ou se aquele cara gatinho tem bafo e vai roncar o vôo inteiro. Acontece que você não sabe.

E enquanto vamos vivendo nossas vidas, tentando perceber quem é quem nesse mundo, quem tem compatibilidades de pensamentos ou afins, acabamos no decepcionando com as pessoas. Aquelas pessoas que você procura mesmo achar algo de interessante, mas só encontra o vazio, mente pequena. Ou aquela que na frente é uma coisa e por trás é outra.

E então eu me pergunto o que vale mais hoje em dia; tentar ser o melhor de si, aprender, crescer sua mente e sua visão de mundo e eventualmente não se encaixar mais em uma sociedade que te impõe que seja igual aos outros, ou ceder à generalização de comportamento e pensamento (ou seria a falta dele...).

Não me entenda mal, não estou julgando uns superiores a outros, mas resta a dúvida na cabeça: se pudéssemos ouvir os pensamentos dos outros, seríamos amigos de quem somos amigos hoje? Será que nos rodeamos de pessoas de bom coração e boas atitudes, ou isso não importa mais se ela for bonita, rica e popular?

Eu não sei você, mas sei o que eu quero pra mim, e que posso sofrer com isso.
Quero pessoas ao meu redor que me inspirem a ser o melhor de mim, que eu possa ter conversas profundas e logo em seguida falar a maior besteira do mundo, que elas vão me entender. Quero pessoas que estejam lá nos bons e maus momentos, que me respeitem e se respeitem. Pessoas que seus pensamentos se equiparem às suas atitudes.


E acima de tudo isso, quero pessoas que cultivem grandes expectativas para si mesmo e vivam para elas e não para as perspectiva alheias. Que tratem um trabalhador da mesma maneira que tratariam um milionário.

Seria esperar demais?




Precisamos entender que, apesar de diferentes, somos todos iguais.




I want to sing one for all the dreamers,
I'm singing this one for the sparks,
here's one for the friction makers,
we are the bleeding hearts.
Don't care whoever you are.


We rise and fall together,
Our hearts still beat below.
You can't stand by forever,
You're a kid with a bullet soul.


Are you ready to go?
Are you ready to go?


I wanna turn up the radiation,
I wanna glow in the dark.
Love is the one true innovation,
Love is the only art;
Don't let 'em blow it apart.

-Bullet Soul - Swtichfoot

terça-feira, 22 de junho de 2010

A mess of me.

Um dia desses eu entrei em um carro muito sujo (não vou revelar de quem era o carro para evitar constrangimentos). Ele estava tão sujo, por dentro e por fora, que era quase insuportável permanecer por muito tempo nele. Resultado de um mês de descuidados, refrigerantes do McDonalds derramados no tapete de madrugada, lixo, praia e tantas outra coisas acumuladas no dia-a-dia.

Minha cabeça então voou para outro lugar.


E esse lugar era quase tão insuportável de ficar quanto o carro. Nesse lugar também havia muitas coisas acumuladas, deixadas para trás ou superficialmente escondidas numa fraca tentativa de ignorar.

Então senti o peso de tudo aquilo que eu segurava fingindo ter esquecido. Eu não podia mais jogar a sujeira para baixo do tapete. Não conseguia mais me enganar.

E sentada ali no banco do carro me vi com olhos vidrados pensando em coisas que por três meses havia sufocado com constantes distrações. Estava presa dentro de um tornado; tudo passando na minha frente rápido demais. De repente me senti nauseada. Olhava ao redor e só via aquela nuvem preta de poeria e troços me envolvendo sem cessar. E não ia parar.

Eu já não conseguia respirar. Alguém me olhando de fora pensaria que eu era uma maluca, sentada no banco do carro parecendo estar em outro mundo. E eu estava mesmo, um mundo que um dia já me foi tão familiar mas que recentemente eu evitava feito a morte.

Eu não sabia o que fazer, me era tão mais confortável jogar tudo pro canto e fingir que nunca existiu. Só que até as menores coisas se acumulam e acabam nos sufocando quando falta espaço para guardar. Há muito tempo eu sabia que esse espaço estava acabando, mas assim como o carro, eu deixei sempre pra lidar com a “sujeira” depois. (Tá, o carro sujo era meu. :P)

E então eu respirei fundo e fui pegando cada pedaço ignorado, cada pedaço rejeitado, cada pedaço pisoeteado e amassado, e desenrolei, emendei, alisei. Fiz tudo o que pude para ver exatamente o que era e tomar a decisão certa sobre o seu fim.

Algumas coisas eu joguei no lixo sem nem olhar para trás. Outras eu guardei, por mais que me ferissem com suas pontas afiadas; sabia o valor inestimável que tinha. Outras eu precisei mandar desinfetar. Houve aquelas que se desintegraram ao meu toque, frágeis demais para suportar a falta de atenção.

Depois de um tempo que pareceu infinito, o tornado cessou. Eu já não estava tão zonza e até dava pra respirar normalmente. Convenhamos, o cheiro não estava como o de flores, e ainda tinha algumas coisas espalhadas por aí, mas no geral, estava muito melhor.

Eu sabia que havia certas manchas que nao sairiam do carpete, e certas marcas na parede que se fundiram com a decoração. Sabia ainda que havia muitos tapetes que escondiam coisas por baixo e que a sujeira nunca ia parar de tentar se acumular.

O essencial era estar em constante renovação. Saber que cada dia irá trazer seu mal, mas ter a certeza de que poderei respirar fundo e jogar fora o que for preciso.
O resto me será acrescentado.



(Ps: o carro tá limpo também. ☺)
















I am my own affliction,
I am my own disease.
There ain't no drug that they could sell,
Ah, there ain't no drugs to make me well.

It's not enough,
The sickness is myself.

I made a mess of me, I wanna get back the rest of me.
I've made a mess of me, I wanna spend the rest of my life alive.

We lock our souls in cages,
We hide inside our shells.
It's hard to feed to the ones you love,
Oh, when you can't forgive yourself.

domingo, 23 de maio de 2010

"Where you tend a rose, my lad, a thistle cannot grow."

Eu e você.
Só eu e você aqui.
E não há nada que eu possa esconder.
Não há nada em mim que, de ti, eu possa ocultar.

E nessa nudez suprema eu mostro a ti as partes mais sombrias, as partes mais intrínsecas; revelo além da alma superficial.
Nesse branco lapidado pelas mãos impiedosas da vida, redijo a minha sentença:
Guilty.

Não mereço o perdão, porque eu também não perdoei.
Não mereço que me olhes com amor, porque em muitos momentos, a ti eu não amei.

Então eu acumulo objetos, coisas, pesos, distrações.
Qualquer coisa para eu não precisar sentir.
Qualquer saída rápida daqui.

Procuro em todos os lugares algo que me alivie.
Encontro apenas palavras vãs.
Perco-me dentro dos desvios, dentro de mim.


Apagaram a luz aqui. Como um cego, eu tateio a minha volta.
Encontro coisas indecifráveis, tropeço nos excessos que cometi.
Largada no chão, ferida e sem nada ver, sinto alguém perto de mim.

Esses braços me sustentam; me mostram por onde ir.
Passo a passo me erguendo.

Eu e você.
Só eu e você aqui.
E não há nada que eu possa esconder.
Não há nada em mim que, de ti, eu possa ocultar.

E nessa nudez suprema eu mostro a ti as partes mais sombrias, as partes mais intrínsecas; revelo além da alma superficial.
Nesse branco lapidado pelas mãos impiedosas da vida, redijo a minha sentença:

Free.









Here it's You and me alone.
You've hedged me in with skin all around me.

I'm a garden enclosed, a locked garden.


Life takes place behind the face.
And I don't want to waste my time living on the outside,
I'm going to live from the inside out.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Your love is a song.

Ela ouviu as ondas baterem na areia antes mesmo de conseguir enxergar o mar.
O cheiro forte de sal invadia seus sentidos e a deixava levemente atordoada. Ainda estava escuro; o sol não havia tomado seu lugar no céu.
“Que lugar é esse?”, pensou a menina que agora caminhava na areia molhada pela água.

Andou por uns trinta minutos, andou devagar absorvendo cada detalhe maravilhoso daquela alvorada. Ela sabia que a pressa, naquele lugar, não era uma boa opção.
A brisa fria do mar soprava em seu rosto enquanto olhava para o horizonte à procura de outra pessoa. Agarrou com mais força o casaco que a protegia e resolveu sentar.
O sol agora aparecia timidamente, aquecendo suavemente o seu corpo exausto.
Ela podia descansar.
Ainda sentada, fechou os olhos e ouviu a canção que o mar jogava para ela: a briga gostosa das ondas no mar, os pássaros gritando a sua canção matinal, e o caminhar constante remexendo a areia.
Ela abriu os olhos e viu que alguém se aproximava.
Era Ele.
Um contentamento intenso percorreu por todo o seu corpo e ela sorriu.
Enquanto Ele se aproximava, suas feições ficavam mais definidas: o corpo forte, cabelos bagunçados pelo vento e uma intensidade penetrante em seus olhos.
Ao chegar, eles se olharam por um longo momento, palavras não foram ditas; não era preciso.
Ele sentou ao lado dela, ainda com os olhos fixos na menina pequena de moletom. Colocou o braço ao seu redor, fechou os olhos, beijou sua testa e então sussurrou: Estou aqui com você.

De olhos fechados, ela sentiu o beijo suave em sua testa e uma paz inexplicável sossegou o seu espírito.
Abriu os olhos e estava em seu quarto, deitada na cama. Olhou pro relógio de cabeceira que marcava 7h da manhã e ouviu os sons da casa acordando.
Aquele olhar penetrante ainda queimava em sua retina, podia vê-lo como se estivesse lá.
Ao levantar da cama viu que caiu areia no chão. Sentiu então o seu cabelo pregado pela maresia que outrora o bagunçava.
Falou em voz baixa para, onde quer que estivesse, somente Ele ouvisse:
"Foi bom estar com Você".



I hear you breathing in.
Another day begins.
The stars are falling out,
My dreams are fading now, fading out.
Your love is a symphony,
All around me.
Running through me.
Your love is a melody,
Underneath me,
Running to me.
Your love is a song.
The dawn is fire bright.
Against the city lights.
The clouds are glowing now,
The moon is blacking out.
I've got my eyes wide open.
I've been keeping my hopes unbroken.
Your love is a song.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Let your love be strong;


Hello, good morning, how you do?
What makes your rising sun so new?
I could use a fresh beginning too,
All of my regrets are nothing new;
So this is a way that I say I need You.
This is a way that I'm learning to breathe,
I'm learning to crawl,
I'm finding that You and You alone can break my fall.
I'm living again, awake and alive,
I'm dying to breathe in these abundant skies.


Mais um dia começa. Olho pela janela e vejo o sol nascer, acordei cedo hoje somente para isso.


O que te move? O que te faz querer “amanhecer”?
Me pego pensando em coisas do tipo. Vejo as nuvens clareando a escuridão penetrante com seus raios alaranjados fazendo com que haja luz, onde antes não havia. Antes havia apenas a claridade tosca dos postes.

Fecho os olhos e vejo o nada, vejo o nada tremer. A brisa calma da alvorada sopra em meu rosto e escuto os sons dos passarinhos perto da minha janela, mesclado com o som de pneu rasgando o asfalto lá em baixo. Vejo pessoas indo e vindo. Sempre indo e vindo. Para onde elas vão? O que as fazem ir? Para quê vivem?

Não posso querer espremer todos dentro de uma mesma categoria, ou achar uma única resposta para cada um, seria pretensioso demais da minha parte. Cada pessoa é um mundo dentro de si. A vida ocorre atrás da face. E o que se passa por lá?
Somos como um sopro de vento aqui na Terra. Para onde você direciona o seu e o que ele exala?

Não, não estou em meio a uma crise existencial. Me diga porque é tão estranho falar disso? As conversas hoje em dia se resumiram a assuntos superficiais, será que nossa vida também se tornou assim? Passamos o dia ocupados em tarefas rotineiras e quando temos tempo livre, fazemos tudo menos pensar.

Eu posso até não saber para quê cada um vive, mas sei de uma coisa que todos nós temos em comum. Trazemos conosco o dom de tocar a vida das pessoas, e isso se chama relacionamento. Sei também que aquilo que está em nosso interior, atrás do nosso rosto, sempre acaba saindo. Como será que está o nosso interior que tanto insistimos em ignorar?

Uma coisa eu sei, sei o que eu quero que minha vida exale. E sei que não é fácil viver assim todo dia. Não é facil fazer do Amor um verbo. Mas posso tentar com todas minhas forças. Posso redirecionar meus pensamentos, escolher amar quando tudo me manda fazer o contrário, conhecer o Amor, passar tempo com Ele. E saber que por mais que eu falhe, eu posso tentar de novo.

You should know by now,
That the darkest hour,
Is when your broken heart goes down.
It's a bitter end,
When the sweet begins,
But grace is sufficiency.




Maybe I'm just idealistic to assume that truth,
Could be fact and form,
That love could be a verb,
Maybe I'm just a little misinformed.


Let your love be strong, and I don't care what goes down.
Let your love be strong enough to weather through the thunder cloud.
Let your love be strong.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A vida só é possível reinventada.

Solitude, whether imposed or voluntary, provides a theater of meditation.
-Douglas Dean


Embarquei sem opção nessa ida que é a vida. Permaneço e a descubro por escolha própria. Maior presente que já me foi concebido.


Às vezes olho cansada para esse presente, às vezes esse presente me machuca, há até ocasiões em que gostaria de jogar esse presente fora. Mas acabo sempre voltando ao meu lugar: sentada no chão do meu quarto, olhando fascinada para as minhas mãos, enquanto esse presente se transforma, mais uma vez, em algo totalmente desconhecido.

O novo me espera. Isso me deixa exultante. Não tenho medo do novo, às vezes ocorre sim certa ansiedade; porém medo, nunca. Nunca fui fã da rotina, fato. E agora que eu não sei para onde irei, o que farei, ou com quem, não sinto mais medo. Por mais estranho que pareça, eu não me sinto perdida, tampouco abandonada.

Sei que o que há em mim basta. Sim, meu futuro para mim, é incerto. Faço planos, penso, sonho muito mais. Porém eu não apenas espero, que uma dia aconteça, que uma dia eu vá, que um dia eu possa. Não estou mais presa. Estou me preparando, e esse proceso de capacitação pode até ser dolorido, contudo me tornarei mais forte.

Afinal, não importa o lugar em que eu esteja, seja atravessando um lamaçal ou voando pelos ares, o que importa é o que está dentro de mim. E isso sim é eterno, o restante desaparecerá.

Foto por: Steve McCurry

NOTICE

Resolvi retirar a poeira e exercitar meus dedos. Há quanto tempo eu não escrevia? Confesso que tentei em diversas ocasiões, sim. Porém, todas as vezes eu parava porque o texto estava ficando pessoal demais. Não que eu só escreva coisas tolas, ou bestas por aqui; muito pelo contrário. Cada palavra aqui colocada foi pensada e repensada e são bastante pessoais. Todavia, estive passando por uma área um pouco turbulenta nessa minha jornada. E de fato, tudo o que escrevi estava de certa forma danificando meu lado racional. Dadas as explicações, daremos continuidade.

sábado, 23 de janeiro de 2010

"From the cradle we are fed on lies about love."


A vida não é como uma música, onde todas as partes se encaixam perfeitamente e tudo faz sentido.

Às vezes, a vida perde o sentido e você fica preso em uma espécie de limbo; onde nada há para se fazer a não ser esperar.

Quase todos os dias passo de carro em frente a um supermercado perto da minha casa, onde vejo, através das grandes paredes de vidros, a seção de frutas e verduras. Olho para lá com certa inveja, pois alí naquele curto espaço de tempo a vida parece ser perfeita. Como se não houvessem preocupações ou responsabilidades, casais alegre e calmamente escolhendo os melhores vegetais para seu dia-a-dia. Uma paz refletida sob a luz florescente do ambiente.
E então, naquele instante, uma musiquinha feliz começa a tocar no fundo da minha mente e congelo aquele momento no tempo.

Como seria bom se aquilo fosse a realidade, se a vida fosse mesmo assim, tão fácil e feliz - uma vida genérica criada por Hollywood em seus filmes que penetram nossas mentes e formam opiniões. Easy life.


Mais um ano se passou, milhões de coisas aconteceram na terra, no meu país, cidade, e também na minha vida. Entro nesse ano de 2010 não com felicidade ou esperança, mas com certo cansaço de tudo e de todos. Algo do tipo: Ah, não! Lá vamos nós, tudo de novo.

E quando Janeiro passar, fevereiro, março, abril.. espero apenas poder ainda olhar para aquele supermercado, com aquelas pessoas felizes e simplesmente sorrir - nem que seja por uma breve lembrança de um contentamento perdido.



Love, where is your fire?
I've been sitting here smoking away.
Making signals with sticks and odd ends and bits,
But still there's no sign of a flame.

Imposters have been passing,
Offering a good-feeling glow.
But I'm holding out for what you are about,
An inferno that burns to the bone.

Some urge me to be temperate,
Lukewarm will never do.

`Cos I, I wanna blaze with you.
So I'm holding my heart out.



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