domingo, 20 de fevereiro de 2011

“Fill your paper with the breathings of your heart.”


Uma pessoa que pratica os mistérios do amor estará em contato não com um reflexo, mas com a própria verdade.

-Sócrates
   Essa semana ganhei um arranjo de lírios; lindos. Assim que recebi senti uma felicidade imensa, pela flor, pelo cheiro, pela cor. Tudo ali me agradava, e então resolvi colocar em meu quarto para que seu aroma contagiante ali permanecesse.
   Em meu quarto já havia, há certo tempo, um arranjo de lírios falsos, que embora fossem até bonitos, não possuía aroma e em nada se comparava com a exuberância da flor real.
   Todo dia então eu colocava um pouco de água no jarrinho e ficava um tempo olhando para aquela flor e sentindo seu perfume gentil, pensando em quantos dias duraria o seu esplendor até que ela murchasse e fosse jogada fora. Tudo isso porque fora cortada de sua origem, da fonte que a nutria.
   E comecei a pensar em como muitas vezes nos tornamos como essas flores. Umas, ainda que por fora mantenham a aparência de serem uma flor, por dentro não possuem identidade, não são flores, são apenas uma reflexo disso, podendo até enganar quem de longe ver, mas não enganam àqueles que de perto examinam. São sem vida por dentro.
   Outras flores nascem no campo, são verdadeiras, possuem cor, forma e cheiro agradáveis. Nascem, vivem para o seu propósito, mas ao longo do tempo vem o homem e as arrancam de suas raízes. A fonte que as alimentava já não está mais presente e apesar de ainda manterem o seu estado magnífico por certo tempo; logo definham e morrem.
   E enfim há aquelas que nascem, vivem para o seu propósito e para sempre permanecem ligadas a sua natureza, ao lugar de onde vieram. Essas vivem uma vida completa e chegam ao limite de seu potencial. Essas, ao longo do tempo não perdem a sua identidade, e ainda que sua beleza não seja vista por homens, ainda que tenha vivido toda a sua história em um lugar remoto e escondido e nunca chegar a servir para os propósitos humanos; viveu uma vida plena.




"Lembre-se de que você é amor. A sociedade faz todo mundo se esquecer disso. A sociedade cria todos os tipos de condicionamento que não lhe permitem lembrar que você é amor.
Onde o amor está, Deus está. O amor é a fragrância da presença de Deus.
Lembre-se disso e destrua tudo o que a sociedade criou em você para impedi-lo de se lembrar de sua realidade. Somos feitos de amor e somos feitos para o amor.” -Osho

1 comentários:

Quel Soares disse...

ficou melhor do que eu pensei!!
e eu gostei das citações.