Tento ainda engolir esse pedaço preso à garganta.
Mas cada vez que passo a língua o gosto amargo trava até a minha respiração.
E por mais que eu sorria e diga que está tudo bem, a verdade é que eu não sei.
Tenho medo. E motivos para assim ficar.
Não consigo mais ser vulnerável, te olhar nos olhos e dizer aquilo que passa dentro de mim.
Necessito mesmo de um tempo para retomar a confiança perdida.
Amar é uma escolha.
E eu escuto tudo; as palavras doces, as frases olhadas. Sinceras?
Enquanto parte de mim quer acreditar, a outra levanta seu escudo protetor.
Isolada em meio à multidão.
Deitada numa cama de sangue. Fecho os olhos para esquecer essas imagens que dançam soberbas sobre mim.
Embebedada de amor, dilacerada; e abraçada com um anjo caído.
Não consigo fugir desse rosto conhecido.
Que veio à 120km/h naquela moto preta e me atropelou.
Caiu em cima da minha perna, mas quebrou meu coração.
Entregue ao meu torpor, eu fecho os olhos novamente para tentar esquecer essas imagens soberbas que ainda dançam sobre mim.
Numa vã tentativa de me segurar à algo firme, reconstruir o fundamento de nós dois.
Será mesmo que foi tudo em vão?
domingo, 9 de agosto de 2009
A bitter aftertaste.
Amar é sim, uma escolha.
Postado por Fernanda Nóbrega. às 15:39
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1 comentários:
"Amar é uma escolha", isso só me lembra as conversas de Hebinho.
Parabéns pelo blog :')
Beijo
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