sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Smile at our sweet, sweet selves.

Acredito que eu esteja ficando cada dia mais doce.
E nem de doce eu gosto.

Coisas que antes eu não suportava, agora já me apetecem.
Rosas, por exemplo. Nunca gostei de rosas. Prefiro um copo de leite, uma margarida ou um girassol. Mas ontem eu ganhei uma única rosa branca, ou seria rosa branca única. Singelo ato que me fez sair do meu isolamento.
E nem da cor rosa eu gosto. Acho chamativa e fresca demais. Todavia, me vejo cada vez mais atraída pelos tons pastéis, rosa incluso. Logo eu que sempre fui uma garota que gosta de cores fortes, azul marinho, preto e cinza.

Eu estou mudando. Vejo isso acontecendo em diversas áreas da minha vida. Talvez seja o clima de romantismo devido ao planejamento do casamento. Não, não é meu, longe disso; é da minha irma. Passo o dia vendo rendas, flores, vestidos e tudo o mais que compõe aquele dia especial.

Descobri, recentemente, que quem me ver de primeira, sempre sai com uma visão errada de mim. Não sei o motivo, mas sou uma daquelas pessoas que não se conhece em um dia, nem em uma semana. E que adora surpreender, quase tanto quanto gosta de que as pessoas a surpreendam, ainda que seja num simples ato de sorrir, quando tudo indica o contrário.

Sou uma menina que ama demais; talvez esse seja o meu problema. Tenho a memória curtíssima para as coisas ruins que já me aconteceram, e isso me faz não conseguir ficar com raiva de alguém por muito tempo.

Tempo. Não temos um relacionamento muito bom. O imediatismo é meu amigo constante, quase tão presente quanto a impulsividade. Ajo muito sem pensar previamente, e acho um saco ter que parar pra arquitetar o que preciso fazer, ou falar. Isso quase sempre me faz cair em enrrascadas. São incontáveis as vezes que falei merda, merda mesmo, pra alguém e só depois me dei conta da idiotice que fiz, e muitas vezes foi tarde demais para conserto.

Tem coisas que só acontecem comigo. Juro a você. Sou um imã pra desastres. Só não sou pior que um emo amigo meu, porque ali não tem mais jeito (rsrsrs :P). Estar em público pra mim é sinônimo de desgraça. Sei que se eu comer algo, vou derramar na minha roupa nova, e que a probabilidade de eu tropeçar do salto na frente da família inteira do meu namorado é de 99,9%. Tento ser graciosa, talvez até engane os olhos de principiantes, mas qualquer um que me conheça sabe o quanto eu não possuo certos dotes femininos. Talvez seja por isso que eu virei a cara e não ri, ontem, do homem gordo que não viu a corrente na altura de seus joelhos, devido à sua grande barriga, e tropeçou no meio da rua. Talvez seja esse o motivo, que eu me compadeci de sua situação.

Mas desde cedo eu aprendi a rir de mim mesmo. E olhe que as vezes que eu ri mais em toda minha vida foram sozinhas, de mim. E o pior é que não tem um pingo de graça falar pra alguém depois, você simplesmente tinha que estar lá na hora para ver a cena. Sem falar que adoro lembrar de certos episódios e me pegar rindo again, do nada, geralmente em momentos inoportunos. Me chamem de louca, pode chamar, sei que sou mesmo. O conceito de normal se baseia na maioria, e a maioria nem sempre escolhe o melhor caminho ou a melhor atitude. É bom ser diferente, ser você, ainda que desastrada e sem jeito, ainda que impulsiva e carregando um bocado de erros nas costas.

Sei que nunca vou ser aquela garotinha meiga, caladinha, mignon e sutil. Sei que nunca vou escutar mais do que eu falo, nem que vou aprender a não errar somente observando os erros dos outros. Jamais falarei tudo somente pelo olhar, acho que jamais falarei tudo que gostaria. Nunca serei aquela que sabe exatamente o que falar, quando rir ou não rir, especialmente não rir; ainda mais eu que acho a vida tão engraçada.

Talvez eu nunca consiga ser uma lady, uma princesinha como ela deve ser. Só sei que, mesmo com esse meu jeito atrapalhado, me sinto mulher, feminina, as vezes até fofa. Gosto de me sentir abraçada pelas pessoas, mais do que gosto de abraçar, e olhe que eu não resisto a um abraço.

E ultimamente, sim, tenho me sentido doce. Por mais que seja um daqueles que é todo crocante e desigual por dentro; entretanto, doce. Talvez seja a trilha sonora atual da minha vida, de melodias de piano, sem palavras. Calmas, doces, profundas. E que deixa espaço para eu compor a letra,mesmo que seja silenciosa, de acordo com o que passo no momento.

Eu simplesemente me recuso a viver uma vida pacata, triste e sem amor. Não quero bater na mesma tecla que os outros, ou seguir o mesmo ritmo de tambor. E sei que ainda vou errar muito, levar muitos tapas na cara e rir de todas as minhas mancadas. Mas também sei que toda vez que eu encontrar alguém que olha pra mim e não me compreende, vou continuar feliz e satisfeita com quem eu sou.




Agora preciso de um pouco de água.
Acontece, depois do doce.
:*

6 comentários:

Loreeeena disse...

profundo, adorei as palavras :) doce, fofa, desastrada e lesa, esqueceu do lesa ;D

Quel LOVE disse...

nosssssa fernanda,muito bom esse texto,adoreiiiiiiiiiiiiii!!

Anônimo disse...

tem coisa nesse texto que é minha feliz realidade cruel.. =]

warhead se despedido do blog

vanessa disse...

"Tenho a memória curtíssima para as coisas ruins que já me aconteceram, e isso me faz não conseguir ficar com raiva de alguém por muito tempo." Dividimos um espelho exatamente nessa parede.

Quanto ao doce, meu apelido é Laka. Não esqueça! kkkkk

Um beijinho na maça do rosto e um mega abraço carinhoso.

Finie Ramos disse...

Thanks for your love note...and thanks for following my blog. i love your blog too.. i love your pictures, but sadly i dont understand your language you wrote about your pictures...but still, ur blog nice too!

Debbie Machado disse...

que lindo eu lendo seu texto e vendo uma mulher em trabalho de parto.
obrigada mudou meu conceito de parto.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk